Preconceito racial: o que é, formas de reproduzir e como combater!

  •  Icone Calendario19 de novembro de 2020
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  • Thauany Lima
 Aprenda como combater o preconceito racial

Podemos considerar o racismo uma discriminação social que se baseia em classificar uma etnia superior a outra. Historicamente explicando, racismo e preconceito era um campo de pesquisa que procurava provar que um grupo de pessoas eram inferiores aos outros, seja intelectualmente, moralmente, culturalmente e etc.

Muitos negros foram analisados para provarem que sua etnia era inferior a do povo branco. Portanto, dizer que racismo pode ser praticado contra brancos é uma inverdade, pois o branco não foi inferiorizado historicamente como o negro. Logo, “racismo reverso” não existe. O branco pode sofrer episódios de preconceito, mas nunca racismo.

Processo de embranquecimento, entenda o mal do colorismo

Passamos por um processo de embranquecimento enorme ao longo das décadas, pois, desde sempre, o negro de pele escura não é visto esteticamente como bonito. Portanto, no decorrer da sua história, foi passando por uma miscigenação para ter uma aparência agradavelmente “melhor” perante a sociedade, o que trouxe uma série de problemas sociais para a população negra.

Esse embranquecimento é conhecido como “colorismo”, que é basicamente a ideia de que quanto mais escura a cor da pele, mais racismo a pessoa irá sofrer, ou quanto mais clara a pele, mais privilégios terá, e é exatamente o problema social que acompanham a raça negra.

Quanto mais miscigenado o negro, mais benefícios ele colhe na sociedade, ao ponto de negar a própria cor e achar mais agradável ser considerado “mulato”, “moreno” ou “pardo”.

Para entender melhor sobre o assunto colorismo, Ana Paula Xongani explica detalhamento o que é colorismo e como funciona. Confira!

Formas de manifestação racista 

Os negros somam cerca de 52% da população brasileira, mas onde encontramos essa maioria? Nas periferias, nas áreas de produção das empresas e no IML (Instituto Médico Legal), pois a cada 23 minutos um negro é assassinado no país. Mas por que estamos ocupando esses lugares? Por que o racismo é estrutural, ele não oferece oportunidades iguais aos negros e os condenam à marginalidade.

São atitudes veladas, tão ocultas que muitas pessoas negras acreditam nunca terem sofrido racismo na vida, algo que é praticamente impossível.

Exemplos da manifestação do racismo

O racismo contra negros está em todos os setores, pois ele é estrutural, mas o que isso significa? Pois bem, quando dizemos que o racismo é estrutural, é porque a sociedade foi criada em cima de ideologias racistas. Por exemplo!

  • A mulher negra é sexualizada, quando é reproduzido a falar que ela é mais “foguenta” que a mulher branca.
  • você se depara com o racismo todos os dias, quando entra em uma sala de universidade e apenas 3 pessoas são negras.
  • O negro é mais forte fisicamente.
  • Os maiores cargos das empresas são ocupados por brancos, mesmo existindo negros com a mesma instrução e capacidade na instituição.
  • Pessoas negras se consideram “morenas” ou “pardas” na ilusão de se embranquecerem.
  • Você encontra com o racismo quando está andando sozinha e teme o negro que se aproxima.
  • Quando diz “eu não sou suas negas” diminuindo e taxando a mulher negra de imoral.
  • Reproduzir uma maquiagem que ajuda a diminuir traços negroides, pois quanto mais próximo do branco, mais bonito.
  • Você encontra com o racismo quando vota a favor da “menor idade penal”, achando que os negros das periferias já estão condenados a criminalidade.
  • Quando liga a TV e vê pouquíssima representatividade negra -e as que vê são negros de pele mais clara e com traços mais finos, pois são os esteticamente mais aceitos socialmente.
  • Por último, você encontra o racismo quando não consegue pronunciar a palavra “negro” ou “preto” para se referir a cor de uma pessoa, achando que pode desagradar ou ofender.

Como combater os preconceitos raciais?

O primeiro passo para uma sociedade mais justa é os negros “aceitáveis” negarem os seus privilégios. A empatia por parte da branquitude também deve existir, pois os privilégios devem ser reconhecidos para, assim, terem consciência do mal que fazem para a maioria da população.

O racismo é forte e está em toda parte: em músicas, frases, ditados populares, no medo, nas mortes, na solidão e nas instituições. Ele é estrutural, é triste, é assassino, é aterrorizante, mas não é incombatível.

Algumas medidas podem ser adotadas em diferentes etapas da vida, como educar as crianças para o respeito às diferenças, promover debates sobre as desigualdades raciais, não se calar diante da opressão e não objetificar corpos negros. É essencial lembrar que a luta contra o racismo não diz respeito apenas aos negros – ela é, inclusive, dos não negros.



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