Compondo o time da segunda temporada do projeto Me Grava Salon Line, a dupla Camomilá é formada pelo jovem casal Beatriz Oliveira, de 25 anos e Ícaro Teixeira, de 33. Vindos de Mairinque, interior de São Paulo, eles são a aposta da vez com um single assinado pelo produtor Max de Castro e com apoio do Spotify Brasil.

Ícaro começa contando um pouco de sua história no meio da música, que se confunde com seu relacionamento com Beatriz. “Sempre tive a música na minha vida, a família do meu pai todinha é de músicos. Tenho primo cantor de funk, prima que é baixista e vocalista de banda de forró, tinha uma tia que cantava na época da Elis Regina… Então, toda a vida fui envolvido no meio musical. Quando era mais jovem cantava muito em karaokê e não pensava nisso, porque na verdade eu queria ser ator. Aí eu fui pegando gosto, até que montei uma banda com amigos. Durou um tempo, mas tive que me afastar. Foi aí que aprendi a tocar violão para ter o meu projeto solo. Fui tocando sozinho, depois formei uma dupla sertaneja por cinco anos e, mais tarde, no começo do meu namoro com a Bia, começamos a ensaiar algumas músicas, despretensiosamente. Quando tínhamos umas quarenta canções ensaiadas chamei ela para tocar no bar de um amigo meu. Ela não teve escolha e estamos aí até hoje”, comenta.

Beatriz explica sua ligação com a música. “A minha família também sempre esteve muito ligada à música. Meus avós cantavam na igreja, a minha mãe e a minha tia cantavam no coral da cidade, e meu tio tinha um grupo de pagode. Eu sempre estava acompanhando eles, mas nunca foi um sonho ser cantora, até porque eu tinha muita vergonha. Eu cantava com os meus avós, mas quando a família toda estava reunida eu ficava envergonhada de cantar perto deles. O meu padrasto tocava violão e me chamava para cantar com ele, e começou a gravar alguns vídeos e postou na internet. As pessoas elogiaram e, em 2015, mais ou menos, eu conheci o Ícaro. Na verdade, nossas famílias já eram próximas, mas temos oito anos de diferença de idade. Fomos nos conhecer, realmente, no trabalho. E, então, começamos a namorar e comecei a cantar mesmo depois de uns quatro meses juntos, até chegar na apresentação no barzinho que foi bem legal”, relembra.

Sobre a história da dupla, o casal fala como foi o processo de criação do nome e recorda como começou o sucesso nas redes sociais. “Camomilá já passou por diversas fases, tentamos outras formações que não deram certo até formar o duo. Cantávamos, principalmente, sertanejo, fazendo versões e mais tarde sentimos a necessidade de fazer nossas músicas autorais, compor e trabalhar no digital, colocando nossas músicas nas plataformas. Nossas publicações no começo tinham poucos likes, só da nossa família, e quando fechamos no nome Camomilá sentimos que houve uma maior adesão, a galera aceitou e deu muito certo. O nome nasceu com a pandemia e ficou”, explicam.

A partir daí, foram ganhando seguidores e visibilidade por meio de vídeos cantando sucessos de artistas do sertanejo ao pop. “Começamos com um projeto de postar cerca de 90 vídeos em três meses nas nossas redes sociais e alguns viralizaram. A gente foi parar no Instagram do Rodolffo da dupla com Israel, fomos repostados pelo Skank, Henrique e Juliano… E aí foi! Em três meses a gente tinha 150 mil seguidores, foi muito surreal, tudo orgânico. Sentimos que as pessoas se identificaram por sermos um ‘casal real’, a gente não segue um roteiro, gravamos ali e pronto e tudo que é de verdade, conecta”, contam.

Influenciados por artistas como Elis Regina, Coldplay, Zé Ramalho, Alceu Valença, Almir Sater, a dupla diz que o sucesso se deve pela simplicidade e verdade em suas interpretações. “Somos um casal da vida real, a verdade é que a gente vive no dia a dia de diálogo, amor, companheirismo, compreensão, até na hora de gravar os vídeos… A gente é muito parceiro, se ajuda e se apoia, então, as pessoas sentem isso assistindo”.

A música escolhida para o projeto se chama “Hortelã”. Eles contam como foi o processo de composição. “Hortelã nasceu de uma vontade de fazer uma música que falasse de amor de uma forma pura. E foi um desafio para a gente de composição, fizemos ela em parceria com um amigo nosso. Ela tem um som pop e um gingado, tentamos chamar a atenção das pessoas com essa canção. Trouxe esse balanço, uma música dançante, mas também um som que você compartilha, uma música gostosa de ouvir. Ela tem ritmo, tem balanço e foi levada para um lado que a gente não veria. O Max de Castro colocou um ritmo latino, bem swingado e romântico ao mesmo tempo. Ele deu o olhar dele sobre aquele som. É o nosso trabalho visto de uma outra perspectiva, onde também tivemos liberdade total para interagir. Foi uma surpresa muito gostosa. Saiu do clássico e colocou ritmo, cor, deixou mais doce. A música tem a assinatura dele. Foi um processo muito agradável e gostoso, leve. Tudo fluiu muito bem”, completam.

Agora é a sua vez de soltar a voz! Se você compõe e curte cantar, grave seu vídeo e marque a hashtag oficial #MeGravaSalonLine no Instagram. Quem sabe você não é o próximo talento do time de vozes mais incrível do Brasil? Vem!