Slow beauty: o movimento que questiona o uso exagerado de produtos de beleza
- 4 de maio de 2021
- 15:14
- Talitha Benjamin
Pode parecer apenas mais uma tendência de beleza, mas o slow beauty, na verdade, é praticado por inúmeras mulheres ao redor do mundo – e elas talvez nem saibam disso. Se seu uso de produtos cosméticos é limitado, se você adora receitinhas caseiras para cuidar do cabelo e da pele e se você tem consciência sobre os produtos que compra, por exemplo, você já é adepta.
O slow beauty propõe um olhar sobre a beleza diferente do que estamos acostumados: valorizando a beleza natural, o respeito à natureza e aos animais e, principalmente, o consumo consciente. O resultado dessa “onda” são produtos funcionais, livres de químicos pesados e de crueldade, cuja fórmula é mais leve na pele e nos cabelos.
Como surgiu o slow beauty?
Atualmente, a tecnologia e a variedade dos produtos de beleza atingiram níveis nunca antes vistos. Essa quantidade altíssima de produtos e procedimentos cosméticos cria uma sensação de que eles são indispensáveis e necessários, impulsionando o consumo desse setor.
O slow beauty incentiva o autocuidado e a beleza mais natural, com poucos produtos, mas fórmulas eficientes e funcionais. Muitos desses produtos, inclusive, são provenientes da natureza e totalmente orgânicos, livres de químicos e testes em animais.
Dessa forma, cada vez mais pessoas foram adquirindo novas informações e chegando à conclusão de que dá para cuidar da pele e dos cabelos sem dezenas de produtos na penteadeira.
Produtos naturais e receitas caseiras para cuidar da beleza
Um dos alicerces do movimento slow beauty é a responsabilidade com o meio ambiente e como o consumo de cosméticos colabora para a sua deterioração. Você sabe, por exemplo, para onde vai os componentes químicos presentes nos cremes? E as embalagens descartadas? Todos vão para o nosso ecossistema.
Por isso, em resposta a essa preocupação, o slow beauty incentiva o uso de produtos naturais e orgânicos que, apesar de serem mais caros, são mais duráveis, o que a longo prazo se torna mais econômico.
Outra prioridade do slow beauty é acompanhar de perto de onde vêm os produtos utilizados. Isso inclui uma tendência que vem crescendo entre os consumidores de se atentar ao processo de concepção, produção e distribuição do que eles consomem. Além disso, a atenção dada ao descarte do produto e de sua embalagem também cresceu muito.
Em contrapartida com a diminuição de cosméticos na penteadeira, o slow beauty também aposta pesado em receitas caseiras, aquelas passadas de geração para geração, com ingredientes que encontramos na despensa ou na natureza. O uso da babosa, do azeite, do mel e do açúcar, entre outros ingredientes naturais já está presente em muitas misturinhas para cuidar da pele e dos cabelos.
A valorização da beleza natural
Outro alicerce muito importante do slow beauty tem a ver com o emocional do consumidor: o incentivo a aceitação do que é natural. A indústria cosmética, na pressa para produzir mais produtos e mais opções, acaba apostando em fórmulas com produtos químicos que produzem efeitos imediatos, mas nem sempre são a melhor opção para a saúde da pele e do cabelo.
Dispensando os inúmeros produtos para corrigir imperfeições e disfarçar manchinhas e marcas, os produtos que seguem a linha do slow beauty prezam, primeiramente, pela saúde da pele, através da valorização dos ativos orgânicos.
No caso dos cosméticos capilares, as fórmulas “liberadas”, livres de parabenos, parafinas e sulfatos são muito populares para quem quer cuidar dos fios com o mínimo de ativos químicos possíveis.
Para a pele, as fórmulas orgânicas e naturais também caíram nas graças dos consumidores. Os cremes com ácido hialurônico, por exemplo, que é naturalmente produzido pelo organismo estão bastante em alta.
O slow beauty traz, basicamente, um conjunto de reflexões e novas oportunidades de consumo consciente, sustentável e uma nova forma de autocuidado, que prioriza a saúde da pele e dos cabelos, e não a sua deterioração em nome da beleza momentânea.