Como é conviver com alopecia?

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  • Talitha Benjamin
 Alopecia

Em geral, a queda de cabelo excessiva é associada aos homens que estão próximos da terceira idade. No entanto, a alopecia pode acometer também as mulheres – e muito antes da velhice. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia para Restauração Capilar, são mais de 1 milhão de pessoas procurando tratamento para esse problema.

Alopécia trata-se da queda capilar excessiva e repentina, podendo ser causada por problemas de saúde ou por outros fatores. A perda de fios pode acontecer de forma generalizada ou em um ponto específico do cabelo ou em outras partes do corpo.

Justamente por ser causada por diferentes fatores, existem também diferentes tipos de alopecia, sendo as mais comuns a areata, causada por doença autoimune ou por condições emocionais (tal como estresse, ansiedade ou trauma); a androgenética, causada por fatores genéticos (também conhecida como calvície, mais comum em homens); a cicatricial, perda definitiva causada por queimaduras químicas, físicas ou por quimioterapias, mas também pode ser causada por doenças como a tuberculose; e a mecânica, causada por procedimentos químicos como alisamentos ou alongamentos.

Quais são os sintomas da alopecia?

O principal sinal indicativo da alopecia é a perda de mais de 100 fios de cabelo em um curto período de tempo. Geralmente, os fios começam a aparecer com mais frequência no travesseiro, e a cair mais do que o normal durante a hora de lavar e pentear.

Queda capilar - Alopecia

Para Joyce Araújo Clementino, de 24 anos, os primeiros sinais da queda de cabelo apareceram durante o banho e não pareciam ser nada fora do normal: “como eu havia passado pela transição capilar, imaginei que fosse devido aos cachos, que estava retendo mais cabelo do que o normal. Apenas mais tarde, durante a finalização, foi que percebi um círculo sem cabelo do lado direito da cabeça. Então toda aquela queda fez-se sentindo”, conta ela. Eventualmente, ela passou a ter muitas falhas no baby hair.

mulher com queda de cabelo

A queda de cabelo causada por questões emocionais também precisa ser tratada. Fabiana de França Cassiano começou a perder os fios de cabelo em 2017 durante um tratamento para cuidar da depressão. Na época, habituada a fazer procedimentos químicos, a alopecia teve um forte impacto na sua autoestima e no emocional.

“Eu me sentia sem controle do meu próprio corpo. Era como se eu fosse menos mulher, menos bonita ou menos capaz. Minha autoestima foi no chão”, desabafa.

A importância do diagnóstico e do tratamento para alopecia

Ao notarem os primeiros sinais da queda de cabelo, tanto Joyce, quanto Fabiana procuraram ajuda médica. O acompanhamento de um profissional dermatologista é essencial, já que existem inúmeros motivos que podem causar a alopecia, inclusive doenças graves.

O diagnóstico é feito através de uma análise extensa, onde o profissional considera todos os fatores, incluindo ambientais, sociais, emocionais, profissionais, além do histórico médico e do cabelo. Joyce foi diagnosticada com alopecia areata logo após descobrir ter Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): “o problema principal é que sempre que eu passo por alguma fase estressante ou crise de ansiedade, a alopecia ataca”.

Caso não seja causada por doenças mais graves, a alopecia quase sempre pode ser controlada utilizando diferentes métodos terapêuticos, que devem ser determinados pelo profissional consultado. O acompanhamento psicológico também é importante, já que a queda dos fios costuma impactar significativamente na autoestima e na autoimagem.

“Além do tratamento consistindo de vasodilatador e ácido retinóico, também passei a consumir suplementos vitamínicos por via oral. Tento levar uma vida menos estressante, tratar a minha ansiedade e controlar a alimentação para estimular o crescimento do cabelo. Hoje em dia, consigo lidar melhor com a queda, apesar dos problemas para usar rabo de cavalo. Mas quando tenho as crises de alopecia, preciso reiniciar todo o tratamento”, conta Joyce.

Para Fabiana, a alopecia a fez ressignificar totalmente o que o cabelo representava para si. Depois da queda, ela iniciou a transição capilar: “passei uma vida sem aceitar o meu cabelo, precisei perdê-lo para entender que eu precisava cuidar melhor dele”, conta ela, que desde 2017, dispensou as químicas, e em conjunto com o tratamento para a queda, nutriu o crescimento do seu cabelo natural. “Hoje ele está natural, e eu amo meu cabelo, valorizo cada fio novo que vejo nascendo”, comemora.



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