Entenda o que é micose, seus sintomas, tratamentos e causas

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 Entenda o que é micose, seus sintomas, tratamentos e causas

Nosso corpo está em contato com microorganismos e outros seres microscópicos quase que o tempo todo, e esse contato acontece desde o momento que nascemos e nos segue por toda a vida. A maioria desses contatos não oferece perigo algum, porém, quando abrimos uma brecha ou estamos com a imunidade mais baixa eles podem entrar em nossos organismos e nos fazer adoecer. 

Uma das doenças que pode nos acometer é a micose, uma enfermidade facilmente transmissível, com diferentes tipos e que se não for tratada adequadamente pode causar muito incômodo e dor de cabeça. Descubra quais são os tipos de micose, meios de transmissão e veja ainda como acabar com ela.

O que é micose? 

Micose é uma infecção causada a partir do contato com fungos externos que pode afetar unhas, cabelo, mãos, pés, virilhas, braços e até mesmo a boca. As áreas do corpo onde a micose pode acontecer são lugares em que há uma maior presença de queratina e que normalmente são ou – por alguma questão pessoal – estão mais úmidos, se tornando locais propícios para a proliferação desses fungos. 

A micose é uma doença de fácil transmissão e alguns tipos afetam desde crianças até adultos, podendo causar descamações na pele, feridas ou, em alguns tipos, queda de cabelo. 

Como a micose é transmitida? 

Na maioria das vezes, as micoses têm caráter exógeno, ou seja, são transmitidas a partir de contato com o ambiente externo. Por isso, a forma mais comum de se contrair a micose é a partir do contato direto com outra pessoa que esteja com a doença.  

Por ser uma doença fúngica, locais que favorecem a proliferação desses fungos causadores de micose estão no topo da lista de formas de contração. Andar descalço em ambientes úmidos como nas piscinas e vestiários públicos, ou ainda, compartilhar itens pessoais como toalhas e roupas de banho são formas fáceis de conseguir uma micose. Compartilhar itens pessoais como alicates, cortadores de unha ou tesouras que não foram esterilizados também são formas de transmissão da doença. 

Uma outra maneira de contrair a micose é a partir da secagem inadequada das dobras do corpo, partes como virilhas, braços e os espaços entre os dedos dos pés. Essas são regiões que devem ser mantidas secas, bem como evitar o uso de calçados apertados que favoreçam a produção de suor e aumentem a umidade local, propiciando o crescimento dos fungos e potencializando as chances de aparição da micose. 

Quais são os 5 tipos de micose? 

Quais são os 5 tipos de micose? 

Sabia que nem toda micose é igual? Existem 5 tipos de micose, classificados a partir das regiões do corpo que podem afetar com mais frequência e dos tipos de fungo que a causam. Conheçam cada um deles:

1 – Candidíase 

A candidíase, ou candidose, é uma micose causada pelo fungo Candida Albicans, que pode se manifestar em adultos e bebês. Nos adultos, geralmente acomete mais mulheres, na região vaginal e aparece quando a imunidade da mulher está baixa, causando coceira, inchaço na região e um corrimento de cor esbranquiçada. 

Já nos bebês aparece em sua forma oral, conhecida como sapinho, quando o bebê entra em contato com o fungo a partir de materiais contaminados, ou a mãe apresenta o fungo nas regiões do bico do seio e transmite para a criança a partir da via oral. Adultos que beijam recém-nascidos e possuem o fungo também podem transmiti-lo pela saliva e, por isso, não é recomendável que se beije bebês. Nos pequenos, a candidíase causa aftas na língua e bochecha, surgimento de placas esbranquiçadas, além de dor local.  

2 – Pitiríase versicolor  

A pitiríase versicolor, popularmente conhecida como pano branco, é uma micose causada por uma levedura presente em fungos do gênero Malassezia e, ao contrário do que muita gente acredita, é um tipo de micose que não pode ser contraída ou transmitida.

A pitiríase versicolor, diferente dos outros tipos de micose, é uma manifestação das leveduras presentes em fungos que habitam naturalmente nossa pele, principalmente em regiões de grande concentração de gordura como braços, costas e tronco. Essas áreas, sob determinadas circunstâncias, como excesso de umidade, calor intenso e suor excessivo, aumentam a proliferação dos fungos e isso ativa a aparição das lesões.

Esse ambiente gera manchas em sua maioria hipopigmentadas, ou seja, mais claras que a pele, podendo ser também manchas hiperpigmentadas, mais escuras que o tom da pele. É daí que surge o termo versicolor, já que as manchas não são sempre da mesma cor em todos os afetados, podendo variar entre branco, vermelho e marrom. 

Normalmente as manchas são indolores, mas alguns casos apresentam leve coceira. Por não causar outros sintomas, geralmente as pessoas só procuram um médico quando as áreas de lesão estão maiores e causam um desagrado estético 

3 – Onicomicose 

A onicomicose, ou micose de unha, é uma micose causada por um conjunto de fungos (Epidermophyton, Microsporum ou Trichophyton) que ataca as unhas das mãos ou dos pés deixando-as mais fracas e com aspecto amarelado ou esbranquiçado. Esse tipo pode ainda aumentar a espessura da unha, deixando-a mais suscetível à quebra e, em alguns casos, podendo até mesmo provocar o descolamento. 

As medidas preventivas para não contrair esse tipo de micose se dão no cuidado em não compartilhar itens de corte e cuidado das unhas, como cortadores, tesouras, alicates e afins. A atenção deve ser redobrada para quem passa muito tempo com as mãos molhadas ou no contato direto com detergentes e produtos similares, já que isso favorece a proliferação dos fungos e potencializa a chance de contrair a doença. Fatores genéticos e algumas doenças como o diabetes também aumentam as chances do aparecimento desse tipo de micose. 

4 – Frieira  

A frieira, ou pé-de-atleta, é uma micose causada pelo fungo Tricophyton, que atinge principalmente a região dos pés, mas também pode afetar outras partes do corpo, como a virilha, neste caso sendo conhecida comumente como coceira de jóquei. 

Os principais sintomas incluem manchas avermelhadas que causam descamação e coceira.  

Os fungos causadores desse tipo de micose se espalham facilmente por pisos molhados de vestiários, piscinas e balneários. Por isso, é fundamental manter os pés secos sempre que possível ao sair desses locais como uma forma de evitar essa micose. 

O contato direto é também uma forma de transmissão desse tipo de micose de pele. Em casos mais sérios da doença, há o surgimento de um líquido por parte da pele que se torna mais fina e dolorida, tornando o tratamento mais dificultoso. 

5 – Tinea 

A tinea é outro tipo de micose causada pelos fungos Tricophyton e Microsporum, e pode atingir várias áreas do corpo, como braços, costas, nádegas, virilha, pés e barriga, bem como unhas, couro cabeludo e região da barba. Geralmente a tinea recebe outras classificações (tinea pedicularis, tinea corporis, tinea cruris, etc.) de acordo com o local em que este tipo de micose acomete. Ela também é conhecida como dermatofitose. 

A tinea tem por característica causar manchas de forma anelada com bordas mais avermelhadas ou rosadas. Em grande parte dos casos, as manchas não incomodam, mas podem apresentar coceira local. Os meios de transmissão são o contato direto, de uma pessoa para outra, o contato com animais infectados, ou ainda o contato com superfícies infectadas de objetos ou itens pessoais. 

O que é bom para acabar com a micose? 

Micoses, como vimos, são infecções que se não levadas a sério podem trazer sérias complicações e causar muita dor de cabeça. E assim como qualquer doença, o diagnóstico médico deve ser sempre a meta primária a ser buscada. Os tratamentos devem ser seguidos à risca e pelo tempo determinado pelo dermatologista, que é o especialista responsável por indicar o tratamento adequado da micose.  

Como vimos, alguns tipos de micoses podem se confundir por serem suscetíveis de aparecer em locais do corpo semelhantes. Para sanar essa dúvida o médico dermatologista pode solicitar um exame micológico para identificar o tipo de fungo presente naquela região e, a partir desse resultado, indicar um tratamento direcionado para este mesmo tipo de fungo.    

No geral, os tratamentos podem durar em média de 30 a 60 dias em casos mais simples, mas podem se estender para além disso em casos mais sérios ou quando o paciente está com problemas de imunidade baixa ou possui doença imunossupressora.  

Tipos de tratamentos  

Os tratamentos para micose são em sua maioria de uso tópico, a partir de pomadas ou loções que contenham substâncias ativas antifúngicas como o Cetoconazol, Itraconazol e semelhantes, usados principalmente para candidíase, pano branco e micoses de virilha. 

No caso de soluções ou loções, como a densidade delas é menor que a das pomadas, elas são absorvidas pela pele de forma mais rápida, facilitando a aplicação em certas partes do corpo, como por exemplo o couro cabeludo. No caso de micoses na unha, esses princípios ativos podem ser formulados em esmaltes e, dependendo da necessidade, quando solicitado por um médico, o uso medicamentos de via oral, mais potentes, podem ser indicados.  

Por fim, fica aqui uma última e valiosa dica: nos primeiros sinais do aparecimento de qualquer sintoma de micose, procure por um médico e evite receitas caseiras paliativas encontradas na internet!



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